13 de junho de 2009

Dos arraiais.

Longe vão os tempos em que eu perdida e achada estava caída nos arraiais dos santos populares. Só na minha freguesia haviam uns 3 ou 4, se bem que um deles era o mais famoso (e o que tinha os rapazes mais giros, verdade seja dita). Mas como eu ainda era uma menina e moça e tinha de ir com a vizinha, lá ia parar ao baile mais perto da minha casa... mas mesmo assim, foi lá que eu conheci um dos meus primeiros namorados a sério. Como passa o tempo...
Depois fui para a faculdade e virei freira (quer dizer, não virei, mas os bailes eram outros) e não tornei aos bailes dos santos populares. Penso que a tradição se perdeu e os famosos arraiais onde ia com a minha vizinha deixaram de existir. Já quase com um pé lá e outro cá fui passear nesta mesma noite com uma amiga que já deixou de o ser, a um arraial que acabou por não acontecer. A minha primeira e única experiência de Santo António em Lisboa foi tão estranha que não voltei a festejar essa noite.
Sete anos depois (e é neste momento que vejo que já cá vivo há mesmo muuuuito tempo!), desafiada por amigos, lá vou eu a um arraial de Santo António. Se me diverti? Claro que sim, mas pela companhia e não pelo ambiente geral. Comemos bifanas, bebemos cerveja (sim, logo eu a beber cerveja!!!! Mas era um panaché e só mesmo convencida por quem fui...), ouvimos 3 vezes o mesmo CD remix de músicas pimba e como não havia previsão de bailarico nem se vislumbrava a tuna, acabámos o serão numa esplanada a comer um gelado e a recordar outros tempos.
O mais curioso no meio de tudo isto é que os santos populares ainda agora começaram e já estamos a preparar o arraial da semana que vem. Faz-me pensar que, tal como dizia a uma amiga, agora estou a renascer... e parece estar a correr tudo tão bem que até tenho medo de agoirar. Mas hoje isso não importa que hoje é dia de alegria e folia...

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