11 de junho de 2009

Destinos.

Tenho descoberto que muitas amigas minhas estão grávidas (ou a proliferar, como dizia na brincadeira ao meu melhor amigo...). A última que me disse foi uma das minhas primas. E se isto acontecesse há 2 anos atrás teria-me deixado de rastos. Hoje não. Hoje fico muito feliz por todas elas, em especial pela minha prima que é quase uma irmã para mim.
Todas estas barriguitas fizeram-me parar e pensar na minha vida. Eu que no espaço de 5 anos fui namorada, noiva, mudei de casa, (semi)vivi junto, eu que tinha tudo bem programadinho na minha cabeça: acabar o curso aos 24, conseguir um bom emprego, conhecer o homem da minha vida, casar aos 27, viajar muito e ser mãe antes dos 30... pois... eu ter tinha...
Não me arrependo de ter vindo para trás de serra onde Judas perdeu as botas. Ou melhor, para a frente de serra onde Judas perdeu as botas. Mas se calhar questiono-me sempre se o destino fosse diferente como é que a minha vida teria corrido.
Não me arrependo de ter conhecido o meu ex. Mas se calhar se não lhe tivesse dado aquela 2ª (e 3ª e 4ª e....) oportunidade a minha vida seria radicalmente diferente.
Não me arrependo de ter a profissão que tenho. Mas se naquele primeiro ano eu tivesse arriscado muito provavelmente não estaria aqui nesta casa, neste local agora.
Mas depois penso... se eu tivesse seguido destinos diferentes, seria mais feliz? É que a felicidade é tão efémera... é um crepe tardio no shopping com os amigos; são 120km de auto estrada e muitas lojas para ver (com a nova Decathlon para descobrir!!!!); são os planos de férias e a certeza de 2 semanas super super; é o sorriso da minha sobrinha; é a comidinha da minha mãe... é tanta coisa que se eu a descrevesse entraria em processo continuo, pois todos os dias descubro mais um momento de felicidade.
Acima de tudo, é muito importante chegar ao fim do dia e saber que hoje foi um bom dia. Perfeito nunca é (só nos anúncios dos pensos higiénicos... not!!!) mas que seria da vida se não fosse um pouco imperfeita? Seria aborrecida e monótona! E quem melhor que eu para fugir de uma vida aborrecida e monótona?
Por isso, não conheci o homem da minha vida ainda; não me casei aos 27 nem fui mãe antes dos 30. Mas já vivi muita coisa que muitos não viveram e desejo viver ainda mais. Sozinha, acompanhada, com filhos ou não, por trás (ou melhor, à frente) de serra ou numa grande metrópole, não é isso que mais me importa agora. Agora só quero aproveitar o mais e o melhor possível, para não me acontecer como a muitas pessoas que a dada altura pensam "eu prendi-me demasiado ao que devia de ser e não dei importância ao que podia ser... e agora já não posso". Porque tenho todas as possibilidades em aberto... 'bora lá arriscar!

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