14 de outubro de 2009

Inspira... expira... #2

Noite cerrada.
As vozes rodeiam-me mas nem oiço bem o que dizem, embora esteja mais atenta a uma voz em particular.
O cansaço é mais que muito e a agravá-lo está aquele perfume característico que me faz virar a cabeça em qualquer lugar que eu esteja. As ideias começam a ficar baralhadas na minha cabeça e já nem ligo aos "picanços" ou às piadas da famosa voz. De repente o dono do perfume muda de lugar e fica mesmo ao meu lado, encostado à mesma parede que eu. "Calma, não te mexas, não faças nada que te venhas a arrepender depois!", penso com os poucos neurónios que ainda tenho a funcionar.
Acaba a conversa e vamos todos embora. Entro no carro, abro as janelas e deixo que o ar frio da noite me acorde o espírito e me encha os pulmões. Mas nem que estivesse a maior ventania o perfume desaparecia... esse, já está bem marcado na minha memória. Seria preciso bem mais que uma janela aberta... era necessário fechar a porta. Serei capaz?

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